A pandemia de covid-19 obrigou a suspensão das atividades presenciais nas escolas de todo o país. Na rede particular, as instituições de ensino investem nas aulas virtuais e no ensino remoto, mas, ainda assim, tem registrado cancelamento de matrículas com a consequente queda de receita. Em São Paulo, há escolas contabilizando até 80% de prejuízo.
A Prefeitura do Rio de Janeiro liberou o retorno às atividades presenciais das escolas particulares no Rio de Janeiro. A princípio, as instituições de ensino poderão reabrir as portas para alunos dos anos finais do primeiro e do segundo segmentos do Ensino Fundamental. Mas não há consenso entre as escolas sobre a retomada das atividades presenciais.
Pesquisa da União pelas Escolas Particulares de Pequeno e Médio Porte mostra insegura de pelo menos 7 em cada 10 pais de alunos em deixar seus filhos retornarem à escola nos próximos dias. O levantamento revela também que, para 40% dos pais, a reabertura das instituições de ensino deve ser feita somente em 2021.
Encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, uma pesquisa realizada pelo Datafolha revela que há risco de 31% dos alunos desistirem dos estudos na rede pública. A falta de motivação é o principal motivo alegado pelos entrevistados, seguido pelas dificuldades na rotina com as atividades escolares em casa.
Pelo menos até o ano que vem, o ensino a distância será necessário para as instituições de ensino reorganizarem o trabalho pedagógico, prejudicado pelas medidas de distanciamento social recomendadas pelas autoridades com o objetivo de conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. A constatação é do Conselho Nacional de Educação.
Em função da grande expansão dos cursos de educação a distância no país, o Ministério da Educação criou um comitê técnico para acompanhar as políticas relativas a essa modalidade de ensino. Além disso, o grupo de trabalho vai propor estratégias para a ampliação da oferta de vagas e novas oportunidades de ensino técnico e profissional.
Uso de máscaras, distanciamento de um metro e meio, reuniões on-line e afastamento de professores que estejam em grupo de risco são algumas das diretrizes do Ministério da Educação para as instituições de ensino no retorno às aulas presenciais. O MEC não divulgou datas para a reabertura das escolas, fechadas desde março.
A pandemia de covid-19 está provocando uma crise que vai afetar todas as áreas da educação. É o que aponta um relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Um dos prejuízos causados pela pandemia é em relação ao cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação.
Pesquisa da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior mostra uma situação preocupante para o setor educacional privado no Brasil: 42% dos alunos entrevistados pensam na possibilidade de desistir de cursar faculdade. O principal motivo para o possível abandono é não conseguir pagar as mensalidades devido à crise econômica agravada pela pandemia de covid-19.
Entre os dias 20 e 30 de junho, os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio poderão participar de uma enquete realizada pelo Inep para definição das datas nas quais as provas serão aplicadas. O Ministério da Educação já anunciou que o Enem será adiado. Falta apenas definir quando o exame acontecerá.
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