MENSALIDADES FICARÃO ENTRE 9% E 12% MAIS CARAS, REVELA PESQUISA

Levantamento do Grupo Rabbit, consultoria especializada em educação, mostra que as mensalidades escolares devem subir entre 9% e 12% no ano que vem.

É uma alta bem superior aos reajustes aplicados nos últimos dois anos, quando a pandemia obrigou várias escolas a adotarem o regime híbrido. Segundo dados do IBGE, em 2020, os cursos regulares tiveram alta de só 1,13%, refletindo os descontos aplicados no auge da pandemia. Em 2021, a alta foi de 2,64% e, este ano, até setembro, de 7,21%.

? O problema é que, na pandemia, as escolas se endividaram muito. Hoje, 70% têm um nível acentuado de dívida. E mesmo esse reajuste acima da inflação não será suficiente para pagar as dívidas que elas fizeram com os bancos ? avalia Christian Rocha, diretor de conteúdo do Grupo Rabbit.

A estimativa para os aumentos de mensalidade da consultoria tem como base a situação de 1.480 escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio de todo o país e considera as necessidades de investimentos, reajustes salariais dos professores e a inflação.

Paulo Presse, coordenador inteligência de mercados da Hoper Educação, acredita que as chamadas escolas premium, direcionadas às classes A e B1, como as que têm ensino bilíngue, vão conseguir repassar o aumento de preços.

Já as demais, conhecidas como escolas de varejo, que atendem à classe média, podem tentar implementar aumentos que não se concretizarão na prática.

? No mercado de conveniência, predomina a necessidade de desconto. Dependendo do aluno, os descontos chegam a 50% do preço da mensalidade ? explica. ? Há excesso de oferta, com mais escolas ofertando educação básica do que há dez anos.

No Rio de Janeiro, o Colégio Cruzeiro, com unidades no Centro e em Jacarepaguá, informou aos pais que o reajuste para 2023 será de 9,11%. Na Sá Pereira, em Botafogo, a alta será de 11,89% e, no Edem, em Laranjeiras, de 12%.

Fonte: portal de notícias Dia a Dia