REAJUSTE DAS MENSALIDADES DEVERÁ FICAR ENTRE 12% E 18%

Com a chegada do final do ano, as famílias que têm filhos em colégios particulares começam a se programar para o reajuste nas mensalidades. De acordo com a Lei Federal 9.870, de 1999, o aumento não pode ser abusivo e precisa ser justificado mediante apresentação de planilha de custo.

Segundo o presidente da Associação de Escolas Particulares, Lúcio Neto, o aumento varia em cada escola conforme os gastos para funcionar, como aluguel, investimento e folha de pagamento, mas conversas iniciais em algumas instituições de ensino são de reajuste entre 12% e 18%.

As negociações de mensalidade precisam ser feitas em cada colégio e cada família precisa avaliar o que pode pagar de acordo com o orçamento. "O processo de matrícula já iniciou na maioria das escolas. Nós temos uma expectativa boa para o próximo ano, um aumento de pessoas vindo de outros estados em busca de melhores empregos ou para assumir concurso público", explica Lúcio.

Segundo o presidente do Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), Audie Salgueiro, os colégios possuem autonomia para decidir sobre o aumento das mensalidades, pois não há uma legislação que trate especificamente sobre os valores. "É evidente que o reajuste não pode ser abusivo, precisa ser justificado, tivemos aumento de preços de vários itens durante a pandemia, por exemplo", ele diz.

O presidente do Sinepe explica que há duas situações sobre as expectativas das rematrículas e novas matrículas nos colégios particulares. De um lado, os proprietários destas instituições de ensino esperam ao menos manter o número de estudantes, enquanto do outro há uma cautela sobre o orçamento das famílias que estão se recuperando da pandemia.

"A gente percebe que as famílias estavam bem apertadas [sobre o orçamento] e elas veem com certa preocupação se vão conseguir manter novos compromissos financeiros, mas a expectativa é boa com as contas se equilibrando neste momento", descreve.

Fonte: Uol Educação